Luís Soares nasceu em Moçambique (Maputo, 1952) e o lugar, essa cultura, mantém–se na sua extensa obra, tão ampla que vai do primitivismo aos esquemas mais simplificados, passando pela flor barroca e a idealização entre o real e o mágico . Luis Soares, que hoje expõe na galeria Androx, é um desenhista, ceramista, gravador,
escultor …, um artista que sabe comunicar com as figuras ou através das formas, que conhece as dimensões e os trânsitos dos modelos da vida. Por isso é uma figura universal, com trajetória africana e ibérica, com presenças na Noruega, França, Bélgica, Grã–Bretanha, Holanda, Alemanha, Suécia, Suíça e também nos Estados Unidos. Luís Soares é um criador completo que aponta possíveis presenças ou formas de um pensamento que materializa e eleva à categoria. Com um polimorfismo que floresce em uma determinada selva, pode ser uma árvore da genética ou rostos surreais que enfrentam qualquer circunstância. Como um mosaico que ilustra uma passagem, ou um
mural que retrata a expressão em rostos que passam a ser como a própria humanidade. É uma linguagem multirracial, multissecular, expressa com indícios imperativos e cores de impacto que vão desde a base do suporte aos caprichos que as figuras implicam.
Revista El Punto de las Artes